domingo, 18 de outubro de 2009

O ÍNICIO, simplesmente pode ser o fim.

Uma metáfora!
O que sera?
Quando tudo termina?
Não é o fim de um carretel,
que dá o início
a qualquer fio de linha?
O que pode ser a linha da vida,
a linha da morte,
a linha do destino,
a linha de qualquer pessoa,
de qualquer história,
de qualquer momento.
Que faz sentido.
Que faz mudanças,
Que transgride,
Que faz quebrar os paradigmas
e se abre a novos mundos,
A novos ares,
A novos luares,
entre cortantes e
desconcertantes descobertas
por infinitas estrelas.
Estrelas todas de sonhos,
de anseios, e desejos,
de liberdade e gritos contidos,
sufocados na garganta seca,
travada, cortada pelo vento
do som de uma voz
a minha, a sua,
a de qualquer alguém
que se faz ser ouvida
e nunca mais calada.
O início,
simplesmente pode ser o fim.

(Margarete Vill)

INDECISÃO

A mão que me ampara
Faz fluir meu caminhar
Não importando qual a
Forma escolhida para amar.

O pensamento que desaprova
Cada uma de tantas decisões
Já não pede passagem,
Mas se impõem com fina precisão.

A energia que cobre
o pobre coração,
Se rompeu e deixou
Infiltrar-se na
dor da indecisão.

Mas mesmo assim,
desconfias de mim,
Pois não sabes como reagir
a minha reação
E te deixas dominar
pelo medo de perder.
Este que foi o teu
maior prêmio de consolação.

Não me julgues, não me esperes
Deixe meu caminhar seguir
O determinar de qualquer razão
Pois bem sabes que nunca
Chegaremos a nenhuma decisão.

(Margarete vill)

domingo, 4 de outubro de 2009

ONDE VIVEMOS

Em labirintos vivemos,
são tantas as saídas
que inocentes e ingênuos
não percebemos,
que nada sabemos.

Seguimos nossos instintos,
e fazendo as escolhas
vamos pelos caminhos,
brigando, com nosso
conturbado destino.

Criamos novas saídas,
tortuosas e despidas,
sem máscaras nem alegorias,
apenas alegrias
que no fugaz de cada dia
conduz qualquer vida.

O impulso pelo novo,
Nos seduz,
renovando o medo
e se entregando
a cada novo momento,
agora já com nova luz.


(Margarete Vill)

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O GERADOR

Onde foi que esqueci de me amar,
Fui tão longe para explicar
Mas não alcancei nenhum patamar,
E desolada deixei-me ficar.
Sem querer, sem ter, somente tentado,
Num último suspiro ainda desejando ser.
Foi quando em teus braços sobressaltada
encontrei a paz tão almejada.
Fui ao infinito, mas tornei-me prisioneira
Do que fora o gerador
das sementes do amor.
Então Tua Mão sobre mim
como brisa aplainou,
e minha alma se acalmou.
E sem perceber redescobri
O quanto foi importante
ter vivido aquele amor.
Outros mundos surgiram tão inesperados
e rudimentares quanto
os pilares que firmei
para erguer a fortaleza que desafiarei.
Que venha a turbulência,
Pois a um existir que se prepara
Para deixar renascer a
mais pura e eterna inocência.

(Margarete Vill de Souza)

sábado, 29 de agosto de 2009

O PODER

Meu poder está em te possuir
em te perdoar e te abandonar.
Se tenho tal poder
porque consistes
neste desejo incontrolável
de te maltratar.

Quando te vejo,
não consigo resistir.
E o medo que me imobiliza
também me consome
neste efêmero existir.

Neste contemplar de uma existência
faz rejuvenescer esta pobre alma
que sonha deste cativeiro transgredir.
já não caminho na inocência
de um puro coração.
Pois o poder e a violência
já dissiparam um consumir inóspito
pela minha consciência.

Tuas cinzas afugentadas
e gélidas esgotam-se nos escombros
e desassombros de uma juventude
outrora aguçada.
Dissipou-se como fumaça
o poder culpável
Do extermínio banindo,
um a um cada ser imutável,
dando lugar aos pombos
em nossas praças,
proclamando a paz e a justiça
para todas as raças.

Mas no apagar das luzes
a paz tão desejada não foi encontrada
nos sepulcros caiados da arrogância,
onde clamava a voz da clemência
por uma simples fenda de esperança.

O TEMPO

Hoje vejo o tempo
Quero olhar de frente para ti
Já não me importa
Que tua alma se
Desfaça na insensatez
Da minha ruína.

Quero olhar-te
Mesmo quando passas
E já restam apenas as sombras.

Quero deixar que meu olhar
Possa querer te seguir
por onde fores
Mesmo que em caminhos
Como o perambular
Das folhas do outono.

Quero estar entre os trilhos de pedras
Que vives a escamotear
em minúsculas pegadas
Que como teu viver,
também tentas te esconder.
Quero me fazer presente
Em cada medida deste tempo,
Onde só eu detenho este poder
De te fazer parar no meu momento.

Quero ser eu mesma mediante
Esta presença em
todos os teus passantes
E viver este desejo de me conquistar.

Pois está em mim o que determino
O começar e o que parar
Para enfim um dia poder dizer
Como foi bom ter ao meu lado
Este tempo que emergiu
e depois partiu.

OH! SAUDADE

OH! SAUDADE

Oh! Saudades!

Como te apresentantes

Em minha vida sem pedir licença

E fostes integrando-se no meu mundo

Pelas vias que deixei sem reservas.

Oh! Saudades!

Como podes me acusar

De viver em lamúrias

Sem querer mudar,

Nem criar novas alternativas

Para as velhas feridas,

sem deixar cicatrizar.

Oh! Saudades!

Como queres me julgar, se bem sabes

Como é imensa a minha dor

Mesmo sabendo, que sou apenas

Um fatigante ilustrador.

Oh! Saudades!

Com o tempo

Que juntas passamos

Já posso ver melhor

O que perdi e já não consigo recriar

Nem inventar,

Mas compreendi

Todas as formas de te sentir.

Oh! saudade!

Velha amiga

Já não te desejo mal,

Pois nesta vida finita, representas o fogo

Que precisa da lenha,

Para juntas na lareira,

Continuarmos sendo, as mesmas companheiras.

ENCONTRANDO O AMOR

Minhas noites já são longas e tristes,
pois tua alegria já não persisti.
Minha face que era bela e jovem
não mais inspira prazer.

Tua paixão que me movia
na certeza de ser somente tua um dia.
Deixou-se ficar só,
no medo que venceu tudo que poderia.
Meus desejos são intensos
e os pensamentos te confesso
qual grande é este teu pertenço.

Todo meu ser te deseja ver,
teu cheiro, teu prazer,
teu existir me farão prosseguir
com toda a força e clareza
que o puro e verdadeiro amor
pode um dia me seduzir.


Margarete Vill

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

MINHA MENTE

O caos enche minha mente
e permito que me trucide
cada parte desta bagunça
para ressurgir do mais íntimo
aquele que é, e que tudo sente.
Em detrimento
dos tempos encantados ,
só posso persistir naquilo
que minha mente,
mesmo no caos, ainda consente.
Ao elaborar o suporte
para a fuga incipiente
consumo cada resto
de massa pensante
que ainda resguarda minha mente
Me rendo, e já não me
defendo, pois a conjuntura
que se apresenta é passageira
deixo então, filtrar cada emoção
e uma a uma deixar sair
como bojo, na explosão
da minha arrogante armadura
que existiu
com apenas uma necessidade
resgatar o que sobrou
de toda aquela premente ruptura.

(Margarete Vill de Souza)

APENAS UM CORAÇÃO

Tenho andado olhando apenas para o chão
De tanto rastejar e tropeçar
Deixei em frangalhos meu coração.
Quando apontou uma brisa
que acenou a luz
Na imensa escuridão,
Não compreendi, que força era aquela
Que tentava me conduzir.
Naquele momento, a dor
Foi meu tormento
O despertar para um novo olhar
Seria a premissa necessária
a que se voltar.
Olhei pela vez primeira
Para o azul do céu,
Mesmo estando ainda
na minha trincheira.
O olhar se firmou,
Na imensidão, encontrei tanta compreensão.
A dor se findou e nova cor desabrochou
Naquele coração, que só amor,
pela vida toda desejou.

(Margarete Vill de Souza)

terça-feira, 28 de julho de 2009

MINHA ESCATALOGIA

Quero ficar, mas também, quero partir,
E nesta dinâmica de sobreviver
Esqueço-me de no tempo presente viver
Cada momento até o fim.

São tantas as escatalogias
quando busco no existir toda a mística
Que estão nas entranhas das vidas minhas
e também são as vísceras desta conjuração
Que me remetem ao teu coração.

Quem soube de forma diferente experimentar
A fórmula do verbo amar,
Seguindo o borbulhar de cada dia
Num esvaziar-se a si mesmo
Sem querer nada reter.
Conseguiu num transbordar constante
Encontrar no doar-se a plenitude
Da verdadeira forma de amar.

(Margarete T. V. de Souza)

VERDADEIRO AMOR

Eu quero aprender
A conjugar o verbo amar,
Eu bem sei que não posso,
No presente estacionar,
Nem ao passado preso ficar,
Ou ainda, com o futuro viver a sonhar.

Cada verbo em seu tempo certo,
Devo viver sua conjugação
Sendo que,
Viverá bem aquele que souber
Com cuidado e sutiliza
posicionar seu coração.

Ora, o tempo passado e futuro,
Não existem no tempo real,
Um porque já passou e deixou de existir,
O outro porque,
Ainda em sua conspiração
Não se fez conceber,
Na profundeza de um ideal.
Portanto, não posso dele,
Nada mais consentir.

E assim vou deixando todo este mundo
De emoções, sentimentos e consolações,
Suspirando na mesma cronologia,
Que vai desafiando,
Cada ser em sua eterna trilogia.

(Margarete T. V. de Souza)

domingo, 26 de julho de 2009

"Eu me encontrei"

De meu futuro livro "O amor neste mundo de hoje"



EU ME ENCONTREI


Eu me perdi, e já não sei como consegui,
No torpor, encontrar
o amor que deixei de amar,
e que faria todo bem a mim.
Eu me escondi, e achei que na proteção,
o sofrer não me encontraria não!.
Eu me desisti, em uma esquina qualquer,
E nunca mais voltei
para buscar aquilo
que era de uma única mulher.
Eu não me verbalizei, para conjugar o verbo amar
e viver todos os tempos,
em um único caminhar.
Eu não julguei, não murmurei, apenas justifiquei,
no entanto, não reclamei
o que me era de direito
e poderia fazer todo bem,
mesmo que fosse sem jeito.
Eu não cantei, mas também o amor,
nem a dor, fui eu que inventei,
apenas, minha mão
em teu colo repousar desejei.
E foi assim, me perdendo,
me escondendo e até me deletando
que me encontrei
e me abri para o verdadeiro
elo entrincheirado
no meu Eu, agora revelado.

[Margarete Vill de Souza]

Primeiro post.

Apenas teste. Logo tentarei sozinha.

Abraços