terça-feira, 28 de julho de 2009

MINHA ESCATALOGIA

Quero ficar, mas também, quero partir,
E nesta dinâmica de sobreviver
Esqueço-me de no tempo presente viver
Cada momento até o fim.

São tantas as escatalogias
quando busco no existir toda a mística
Que estão nas entranhas das vidas minhas
e também são as vísceras desta conjuração
Que me remetem ao teu coração.

Quem soube de forma diferente experimentar
A fórmula do verbo amar,
Seguindo o borbulhar de cada dia
Num esvaziar-se a si mesmo
Sem querer nada reter.
Conseguiu num transbordar constante
Encontrar no doar-se a plenitude
Da verdadeira forma de amar.

(Margarete T. V. de Souza)

VERDADEIRO AMOR

Eu quero aprender
A conjugar o verbo amar,
Eu bem sei que não posso,
No presente estacionar,
Nem ao passado preso ficar,
Ou ainda, com o futuro viver a sonhar.

Cada verbo em seu tempo certo,
Devo viver sua conjugação
Sendo que,
Viverá bem aquele que souber
Com cuidado e sutiliza
posicionar seu coração.

Ora, o tempo passado e futuro,
Não existem no tempo real,
Um porque já passou e deixou de existir,
O outro porque,
Ainda em sua conspiração
Não se fez conceber,
Na profundeza de um ideal.
Portanto, não posso dele,
Nada mais consentir.

E assim vou deixando todo este mundo
De emoções, sentimentos e consolações,
Suspirando na mesma cronologia,
Que vai desafiando,
Cada ser em sua eterna trilogia.

(Margarete T. V. de Souza)

domingo, 26 de julho de 2009

"Eu me encontrei"

De meu futuro livro "O amor neste mundo de hoje"



EU ME ENCONTREI


Eu me perdi, e já não sei como consegui,
No torpor, encontrar
o amor que deixei de amar,
e que faria todo bem a mim.
Eu me escondi, e achei que na proteção,
o sofrer não me encontraria não!.
Eu me desisti, em uma esquina qualquer,
E nunca mais voltei
para buscar aquilo
que era de uma única mulher.
Eu não me verbalizei, para conjugar o verbo amar
e viver todos os tempos,
em um único caminhar.
Eu não julguei, não murmurei, apenas justifiquei,
no entanto, não reclamei
o que me era de direito
e poderia fazer todo bem,
mesmo que fosse sem jeito.
Eu não cantei, mas também o amor,
nem a dor, fui eu que inventei,
apenas, minha mão
em teu colo repousar desejei.
E foi assim, me perdendo,
me escondendo e até me deletando
que me encontrei
e me abri para o verdadeiro
elo entrincheirado
no meu Eu, agora revelado.

[Margarete Vill de Souza]

Primeiro post.

Apenas teste. Logo tentarei sozinha.

Abraços