sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O GERADOR

Onde foi que esqueci de me amar,
Fui tão longe para explicar
Mas não alcancei nenhum patamar,
E desolada deixei-me ficar.
Sem querer, sem ter, somente tentado,
Num último suspiro ainda desejando ser.
Foi quando em teus braços sobressaltada
encontrei a paz tão almejada.
Fui ao infinito, mas tornei-me prisioneira
Do que fora o gerador
das sementes do amor.
Então Tua Mão sobre mim
como brisa aplainou,
e minha alma se acalmou.
E sem perceber redescobri
O quanto foi importante
ter vivido aquele amor.
Outros mundos surgiram tão inesperados
e rudimentares quanto
os pilares que firmei
para erguer a fortaleza que desafiarei.
Que venha a turbulência,
Pois a um existir que se prepara
Para deixar renascer a
mais pura e eterna inocência.

(Margarete Vill de Souza)