segunda-feira, 17 de junho de 2013

O BRASIL que sempre existiu

Hoje minha oração é diferente.
Não tenho palavras para expressar,
Não quero um mundo de injustiças, justificar.
Quero apenas deixar,
esta lágrima sem vergonha , ou pudor
mas de dor, em minha face rolar.
Meu coração está diferente,
meu povo, virou gente.
Essa passeata me lembra
um Brasil , que sempre existiu
e de lutas iguais
nunca fugiu.
Diretas Já, anos oitenta
Políticos Democracia, não se inventa,
se respeita.
Olhem para povo, ele
está se organizando e ele tem poder,
esperem para ver.
Margarete Vill

domingo, 26 de maio de 2013

CONHECENDO SEUS CAMINHOS

Desbravar o desconhecido
é urgente, pois ele é
o meu eu emergente.
Parece tão fácil,
tão pouco complicado
mas não o é, pois
sei que sou um emaranhado.

São tantas formas,
pensamentos,
emoções e razões.

Quem dera, poder dizer
eu me conheço,
eu sou o que sinto
sou o que penso,
eu existo!
Ou sou pura ilusão
só sei, o que não sou não.

Sei sim, com clareza
que não sou nenhuma realeza
e nas entranhas riscando
todo mal que quero
deixar de lado.

E pouco a pouco olhando
para o ser intolerante,
impaciente,arrogante.
Intransigente, imaturo,
invejoso e orgulhoso ... que
embora sejam tantos seres,
são eles fazendo
a sua parte, nessa depuração
para que o novo ressurja
em renovação.


sexta-feira, 24 de maio de 2013

JULGANDO A SI MESMO

Como posso julgar
o que vejo?
Se vejo apenas a ilusão,
que se deixa firmar.

Julgo não o que tenho
para ver, mas o que
está inserido em meu ser.

Se julgo, é pela soberba
e pelo ego,
que me fazem
ser tão tolo
e tão cego.

Por isso, eu e tantos
sofremos, adoecemos,
e vivemos das crenças
da nossa miséria humana.

Que nada mais é,
do que a falta
de autoconhecimento
de que tudo nasce,
e existe apenas
a partir do meu pensamento.

Margarete Vill

RAÍZES PROFUNDAS

Eu sinto a tristeza
enraizada em meu peito.

E quando tento buscar
esse ar perfeito
nas profundezas do meu ser
quando me deito,
vejo no aconchego do sono
tudo o que não aceito.

Num ato de permissão
deixo queimar
essa dor, para sentir
por completo seu ardor.

Quero forças e mansidão,
para arrancar
de uma só alçada,
toda essa historia
por décadas mal elaborada.

Quero trilhar os passos
de minha intuição
e com tranquilidade então,
olhar para as marcas
deixadas por essa alma
em sua humana condição.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

SINTO MUITO

Sinto muito, mas sua dor
não me pertence.
Faço isso por amor,
mas também sua tristeza,
não faz parte
das minhas incertezas.

Já tenho meus muros,
da vida para escalar,
e entre os vales e rios
me deixar transportar.
Sinto muito, pela sua dor
ela me mostra
sua ausência de cor.

A mim pertence a vida,
a luz e a alegria,
que enfim agora
sem máscara se irradia.

Sou toda vida,
nessa essência de energia,
que do fundo, fundo
se faz rebatida.

Quero estar inteira,
pois sou a própria,
que mostrou a alma e sua nudez,
e agora, já não importa
ser efêmera,
só me basta um piscar de lucidez.
Margarete Vill

MULHERES

Quem és,
que não reconheces
tanta força, tanta graça, tanta divindade
escondida sob o manto da fragilidade.

Quem és,
que protege, que se rende,
que se encanta e ama
com todas as formas de amar
para tão somente salvar.
És mulherrrrrrrr

Mulher que forte és,
quando demonstras
tua fraqueza na maternidade,
e o mundo se rende a tua graça divina.

Mulher que és bela,
na singeleza da tua beleza,
que faz o mundo se dar aos teus pés.

Mulher que és fera,
e fazes o mundo entregar-se
as tuas batalhas.

Mulher que és formosa,
Quando o mundo canta
e se encanta só para ti.

Margarete Vill

MULHERES QUEM SOMOS?

Mulheres subservientes,
ontem, hoje e sempre
hão de deitar-se
por qualquer presente.
Mulheres inteligentes,
sensíveis que também amam ,
lutas e mundos sempre desbravam.
Mulheres duras,
caras e bocas marcadas
pela dor obscura.
Mulheres de todas as cores
de todos os amores,
seus braços abertos,
abençoam dos filhos aos netos.
Mulheres loucas sem censura,
mostram o gosto do vermelho
nas bocas nuas.
Mulheres inteligentes
nas batalhas da vida
tudo enfrentam na fileira da frente.
Mulheres santas,
amaram, sofreram e viveram.
Sempre achando que todos
são filhos do perdão,
de uma dor unica ou de tantas.

Margarete Vill