Sinto muito, mas sua dor
não me pertence.
Faço isso por amor,
mas também sua tristeza,
não faz parte
das minhas incertezas.
Já tenho meus muros,
da vida para escalar,
e entre os vales e rios
me deixar transportar.
Sinto muito, pela sua dor
ela me mostra
sua ausência de cor.
A mim pertence a vida,
a luz e a alegria,
que enfim agora
sem máscara se irradia.
Sou toda vida,
nessa essência de energia,
que do fundo, fundo
se faz rebatida.
Quero estar inteira,
pois sou a própria,
que mostrou a alma e sua nudez,
e agora, já não importa
ser efêmera,
só me basta um piscar de lucidez.
Margarete Vill
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
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